Resumo:Sob a Égide da Cruz é um romance mediúnico histórico e uma continuação do livro Horizonte Vermelho.  Eugene, Lucie Marie, Tia Maggie, Anne Castle, Padre Raymond, Thomas, Cristopher entre outros estão de volta à jornada terrena para novas experiências e aprendizados. Desta vez estão reencarnados no Brasil colonial. A primeira parte da história acontece no século XVII em Pernambuco, no engenho de Quidinho, o Senhor de Massapê. Eugene, a protagonista da obra anterior, retorna como Assunção, uma jovem estranha filha de Quidinho (outrora Thomaz) e Patrick é o fantasma inglês. Devido as loucuras que praticaram em nome deste amor, tornou-se necessário não reencarnarem juntos, a fim de evitarem novas quedas.
Quidinho é um homem autoritário tanto com a família quanto com seus escravos. Casado com Dalva, é pai de Anunciação, Assunção, Socorro, Conceição e Glorinha ; além da meninas, teve 2 filhos com a escrava Esmeralda: Netinho e Cristóvão. O braço direito de Quidinho é o capitão do mato Basílio, outrora Jacob. A família e os escravos são assistidos por Pai Fulgêncio, um negro muito sábio e caridoso, conhecedor do poder das ervas e da força dos Guias Espirituais. O ponto mais forte da primeira parte é o reencontro de Anunciação (Lucie Marie) e Rutger (Friederich). Anunciação está casada com Pedro (Simon Castle) e seu desafio é não cometer o adultério novamente. Será que ela conseguirá?

A esposa de Pedro estava perturbada; o forasteiro lhe tirava o fôlego.(…) Teve ímpeto de tomá-lo no colo e tirar-lhe todo o sofrimento que o afligia, mesmo que fosse para tomá-lo para si. Era como se o desconhecido fosse parte de sua própria carne. Queria abraçá-lo e terminar a existência assim. Abraçá-lo talvez fosse pouco, teve vontade de morar dentro dele. (página 172)

A autora espiritual aborda a questão da escravidão, detalhando como viviam os negros dentro da senzala e relata que esta triste provação foi necessária para depurar almas muito arrogantes.

Já a segunda parte do livro se passa no século XIX, onde os personagens retornam em nova roupagem a fim de auxiliar na abolição da escravatura no Brasil. Nesta encarnação, Eugene e Patrick estarão juntos novamente, como Clara e José Paulo e Lucie Marie retorna como Clarice, irmã de Clara e reconhece seu grande amor do passado no mulato Leonardo.José Paulo é um abolicionista incansável, amigo de José do Patrocínio e, graças a uma herança deixada por seu pai, mantém um quilombo onde aloja escravos fugitivos. Em sua Casa do Escritor, reune-se com companheiros de ideal em prol da abolição da escravidão no Brasil,  o que acabou  acontecendo em 13 de maio de 1888 e ficou conhecida como a  Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel. Nesta encarnação, os personagens foram auxiliados espiritualmente pelo preto-velho Pai Fulgêncio e sairam vitoriosos e mais amadurecidos.

Ficha Técnica
Autor: Elizabeth Pereira
Espírito: Sophie e Cristóvão
Páginas:521
Tamanho: 16×23

Comentário
Assim como Horizonte Vermelho, Sob a Égide da Cruz segue a linha de demonstrar – em forma de romance – o funcionamento das Leis Divinas. Em alguns momentos o livro pode ser perturbador, pois é difícil não nos identificarmos com alguns personagens e suas histórias de lutas rumo ao amadurecimento espiritual.
A assistência dos benfeitores desencarnados é simbolizada neste livro através da figura de um preto-velho, entidade presente tanto em centros espíritas como em tendas umbandistas. Os pretos-velhos são muito tranquilos e cheios de sabedoria, assim como Pai Fulgêncio.
Sob a Égide da Cruz é um romance lindo e repleto de ensinamentos.
Estou torcendo para que venha a terceira parte!

Video Promocional do livro Sob a Égide da Cruz

Trechos

Quão difícil é mexer em nossos demônios interiores.Exorcizar fantasmas seria bem mais fácil. O problema é que nos negamos a trabalhar aquilo que os atrai.Não admitimos ser seus pares,e desprezamos a sabedoria de quem nos diz que a cura para a obsessão está na busca incessante da reforma íntima, na mudança do rumo de nossas ações e pensamentos que sintonizam com o obsessor. Quando damos nova direção a nossa vida, tranformamos completamente nossa energia, que passa a repeçir companhias de irmãos ainda recalcitrantes no mal e a atrair amigos bondosos, que nos ajudarão nesse processo de crescimento individual. (páginas 247 e 248)

Diálogo entre Fulgêncio e Vasco, um missionário protestante

– Estou morrendo de medo dele, o demônio!
-E por qual motivo o teme?
-Padre Francisco rogou uma praga no sentido deste ser apoderar-se de mim. Desse dia para cá, sonho com figuras horrendas, com pele vermelha, orelhas enormes, cauda e crifres, portando tridente (…) Acordo empapado de suor (…)
Fulgêncio soltou gostosa gargalhada. Vasco, boquiaberto, achava inadmissível que o amigo risse de seu pânico noturno.
-Vasco, Vasco! Não percebeu que a figura de seus sonhos é a mesma que pintaram do demônio? Você fornece a forma que mais teme para que essa criatura atormentá-lo!
-Eu? estava pasmo,
-Sim! Teme esse Satanás e quando pensa nele deixa transparecer a seus inimigos do além seu maior temor; eles assumem a forma que mais o assusta (…) Então, meu amigo, ore pela figura que o assombra nos sonhos. Tente dar amor a esse ser e pedir-lhe perdão, pois com certeza você é seu devedor de existências remotas.

Faça download de um trecho deste livro no site da Editora VivaLuz
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