Sinopse: Todos temos uma história. Nascer, viver, morrer e nascer novamente é a roda da vida. Quem de nós conhece suas vidas passadas? Quem pode afirmar os porquês dos nossos sofrimentos, das dores, das doenças? Só há uma certeza: somos a colheita da semeadura de outrora.
Esta abordagem, ainda tão mal compreendida no dia-a-dia, quando estamos aprisionados num corpo de carne, é aqui retratada com clareza por Pai Inácio, entidade atuante na seara espírita que utiliza a roupagem perispiritual de um preto velho nos trabalhos de Umbanda.

Resumo: Podemos considerar esta obra como um livro de memórias do espírito Pai Inácio; o livro se divide em  algumas de suas encarnações, iniciando na África quando fôra um chefe tribal, guerreiro, ambicioso, entendedor de ervas e que acabou cometendo crimes contra seus semelhantes e se associando à magia negra. Ao desencarnar, foi escravo dos espíritos aos quais havia se aliado, até ser resgatado pelo antigo chefe espiritual de sua tribo. Reencarnou então como um pigmeu, cujo corpo pequeno e frágil serviu de prisão para seu espírito impulsivo. Na encarnação seguinte, voltou como um príncipe africano e, devido às facilidades provenientes de títulos e dinheiro, sua soberba foi reativada levando-o a contrair novos débitos com a contabilidade Divina. De volta ao Plano Espiritual, reencontrou seu mentor e se preparou para uma nova encarnação, agora em terras brasileiras,como o escravo Inácio. Conheceu tanto o catolicismo, quanto os rituais africanos e o kardecismo. Foi curandeiro e auxiliou tanto negros quanto brancos. Para quitar suas dívidas pregressas, passou por muitos momentos difíceis, conseguindo crescer espiritualmente. Nas idas e vindas de suas encarnações, este espírito foi se depurando, evoluindo e agora trabalha na seara umbandista como o Pai Velho “Pai Inácio”

Ficha Técnica
A História de Pai Inácio
Médium: Anna Ponzetta
Espírito: Pai Inácio
Páginas: 200
Categoria: romance

Comentário: Trata-se de um livro gostoso de ler, de linguagem simples (quase um bate-papo informal) e com ensinamentos importantes para os adeptos do espiritualismo, especialmente aos umbandistas. No último capítulo, encontramos uma reunião no Plano Espiritual em que Pai Inácio revela a origem da Umbanda na antiga Atlântida – informação que já encontrei em outros livros.

O interessante é que, sem querer, li este livro pela segunda vez. No decorrer da leitura é que descobri que eu já o havia lido anteriormente. Acredito que a espiritualidade quis que as lições de Pai Inácio ficassem bem solidificadas em mim…

A única ressalva que faço é quanto a diagramação, pois a fonte (letra) é pequena e desconfortável, tornando a leitura um pouco cansativa.

Trechos:

Os meus débitos eram tantos que cheguei a pensar que nunca os poderia quitar, mas me enganei. Sempre existe uma chance para quem quer, verdadeiramente, prosseguir melhorando. Ainda que os caminhos sejam ásperos e estreitos, a esperança brilha e o bem a todos espera, paciente e imutável. Pensei em como, de que maneira, seria possível pedir perdão a tanta gente que eu havia feito sofrer e, para minha surpresa, soube que não era tão difícil assim, pelo menos lá, do outro lado da vida, não era.

Como já disse, será um trabalho de intercâmbio entre nós e os encarnados que, por sua vez, deverão sintonizar com essas vibrações e depois com cada um de vocês. O método será o de incorporação, conhecido por muitos. Resgataremos assim a religiosidade original perdida em nossa saudosa Atlântida (…) Vamos ao nome dessa velha religião! Umbanda! Muitos a confundirão com os cultos afro e com o espiritismo que vem se firmando. Usaremos uma linguagem simples (…) Soubemos ainda que os mentores da nossa Umbanda também militavam junto aos mentores do espiritismo; apenas diferiam os alvos a serem atingidos. (pgs 186 e 187)

Ponto cantado em homenagem aos Pretos Velhos

 
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