Senhores da Escuridão é o segundo volume da trilogia “O Reino das Sombras”. Trata-se de um romance mediúnico ditado a Robson Pinheiro pelo espírito Ângelo Inácio,  lançado em 2008 e composto por 676 páginas.

Se você, caro leitor, já ficou impressionado com as revelações que constam em Legião, um olhar sobre o reino das sombras – primeiro volume dessa trilogia – prepare-se! Juntamente com os guardiões Jamar e Anton e o médium Raul e supervisionado por Pai João e Joseph Gleber, Ângelo Inácio irá visitar regiões abissais onde vivem perversos magos negros, chamados de dragões. Com sua linguagem descritiva, irá nos relatar com pormenores a vida nos abismos das trevas.

O livro começa com uma visita aos pavilhões de produção da metrópole onde Ângelo reside. Após essa visita, a equipe começa a se preparar para visitar as regiões densas da crosta. Anton então explica ao narrador que existem bases de apoio dos guardiões em diversos pontos do planeta, mas que uma das mais seguras está localizada nas profundezas da Lua. Utilizando um sofisticado veículo, a equipe se dirige à essa base com o objetivo de verificar as fichas cármicas de diversos médiuns candidatos a auxiliá-los até as regiões abissais. Ângelo fica impressionado com tamanha organização, segurança e tecnologia de ponta. Anton revela que no lado obscuro da Lua estão sendo reunidos diversos espíritos que serão encaminhados ao expurgo planetário.

— Também há outro motivo para que uma base de apoio tão importante seja localizada na lua do nosso planeta. É que lá, no lado escuro da Lua, estão sendo reunidos milhares e milhares de espíritos já em processo de expurgo planetário. Seres que não mais encontram sintonia com o ambiente evolutivo da Terra são circunscritos às dimensões inferiores do astro lunar. Naturalmente, por processo de sintonia vibratória, acham-se limitados ao lado escuro do satélite terrestre.

Em conversas com os guardiões – representantes da Justiça Divina –  o autor espiritual nos informa que após as grandes guerras mundiais, foi necessário fazer uma reurbanização planetária devido ao grande contingente de espíritos desencarnados e que os responsáveis pelos eventos dramáticos dessas guerras foram encaminhados para renascimento na África (pg 77). Jamar e Anton fazem uma retrospectiva das décadas que sucederam as guerras mundiais, com revelações surpreendentes!

—Sem dúvida, Ângelo. Com o planejamento das reurbanizações espirituais na crosta através do processo reencarnatório, a população encarnada deu um salto em termos numéricos. A partir da década de 1950, os umbrais assistiram a um esvaziamento, num crescente fluxo reencarnatório. O ambiente astral despejou sua população de almas nas entranhas do planeta, de maneira que, com 2,5 bilhões de almas reencarnadas até então, a população aumentou significativamente, pulando para aproximadamente 6 bilhões de habitantes no
final do século. É claro que a reencarnação em massa, composta principalmente por espíritos de considerável atraso evolutivo, trouxe com essa maioria proveniente do astral inferior a liberalidade dos costumes para as comunidades terrestres de encarnados, as quais não estavam preparadas para resistir a essa verdadeira invasão de almas.

No capítulo 3, Raul, Ângelo, Anton, Jamar, Saldanha e mais 1.000 guardiões chegam às regiões profundas da Terra. No primeiro dia, encontram uma cúpula para onde são atraídos encarnados e desencarnados com forte apelo sexual. Ângelo descreve o ambiente como que semelhante a uma rave terrena. Neste local, encontram cientistas  inoculando vibriões astrais em encarnados desdobrados, com o intuito de aprisioná-los mentalmente. A equipe descobre que os cientistas coletam esses vibriões nas contrapartes astrais de motéis, saunas e boates e, ainda, assistem relações sexuais entre encarnados e desencarnados!

Nós os seguimos para ver de onde recolhiam seus instrumentos de obsessão, os vibriões mentais. Deparámos com um lugar muito popular entre os encarnados. Era a contraparte astral de um motel. As paredes e o chão eram tomados de larvas, desses mesmos vibriões de cor escura, que literalmente se agarravam à estrutura extrafísica do lugar. Absorviam ali elementos de natureza astral, mental, emocional e também física

No capítulo seguinte, a equipe irá visitar regiões que ficam abaixo do mar, mais especificamente na região do Mar de Sargaços e encontram criaturas aprisionadas em navios e aviões de guerra naufragados. São seres que estão proibidos pelas Leis Divinas de terem qualquer contado com a Terra, visto o altíssimo grau de periculosidade. Além dessa área que fica nas profundezas marítimas, nossos destemidos personagens visitarão um vulcão e chegam a conversar com um dos líderes dos dragões em uma reunião mediúnica no plano astral.

O livro é repleto de histórias arrepiantes a respeito de como vivem e como agem os senhores das trevas. Encontrei também diversas informações que eu já havia lido em outras obras mediúnicas.

Eu comprei os livros da trilogia O Reino das Sombras há alguns anos atrás. Tive grande dificuldade para terminar de ler o primeiro volume – Legião – devido ao realismo da obra. Os demais volumes estavam aguardando um melhor momento meu para serem apreciados. Sei que as obras do Robson Pinheiro sofrem duras críticas dos espíritas mais ortodoxos, sendo até comparadas a ficção científica. Mas o próprio Ângelo Inácio revelou no livro Cidade dos Espíritos que o trabalho da dupla não seria fácil e que seria voltado especialmente aos que tivessem uma visão universalista, livre de dogmas e sectarismos religiosos. Apesar da trilogia ser forte, contundente, de um realismo que mexe com nosso psiquismo, eu recomendo a leitura a vocês, pois como já dizia Jesus “Conheça a verdade, e a verdade vos libertará (João 8:32)”

Por fim, gostaria de destacar um trecho que fala da importância da luz solar no combate às energias inferiores. Eu já havia lido em obras do Ramatis, sobre a predileção do período noturno para trabalhos de magia negra, visto que a falta de energia solar favorece o trabalho de espíritos do mal:

 — Por algumas eras — explicou Saldanha —, a humanidade considerou o sol que ilumina a Terra, bem como os demais sóis do universo, apenas como centro gerador de luz e calor para os habitantes do mundo. (…)  Entretanto, para nós, os espíritos, existem muitas outras formas de energia liberadas pelo Sol, desconhecidas dos encarnados. Embora os efeitos do Sol, observados no aspecto físico, sabemos de uma espécie de radiação hiperenergética que afeta criações mentais de nível inferior. Por isso mesmo é que a maioria das construções que servem de base de operações aos espíritos das trevas se encontra em lugares abaixo da Crosta, onde os raios solares não incidem diretamente.
 — Isso explica inclusive a predileção pelo período noturno para realizar os mais diversos tipos de magia e feitiçaria, que observamos ao longo da história, não é verdade, Saldanha?
— Sem dúvida, Raul. É uma bênção a higiene do panorama astral que o nascer do sol promove diariamente na superfície do planeta, por meio de suas emissões. Aqui nas sombras, como todos sabem, isso não ocorre.

Fonte das imagens: Editora Casa dos Espíritos
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