Vivendo em uma colônia espiritual do plano astral, Edite é convidada por Ariel a narrar a história de uma de suas encarnações, quando viveu na França do século XVIII. Nesta colônia existe um “Centro de literatura” e Edite irá contar sua história para uma pequena plateia, auxiliada por Ariel, Serafim e outros companheiros.

Nascida em meio muito pobre, sem conhecer o pai e abandonada pela mãe, Edite viveu até os 20 anos de idade em uma estalagem sob o comando de uma austera matrona;  trabalhava para ter onde morar e alimentava-se de restos de comida apenas duas vezes ao dia.

Até que certa vez, veio a hospedar-se na estalagem uma linda e jovem dançarina e cortesã, Cristine, que vendo a penúria de Edite resolveu levar a moça consigo para ser sua criada.

Mal sabia Edite o quanto sua vida mudaria…e para melhor! Cristine vivia em casa espaçosa e era generosa com os empregados. Logo arrumou um pequeno mas confortável quarto para Edite a passou a lhe pagar um bom salário.

Cristine nasceu em família de boas condições financeiras, mas ainda menina perdeu o pai. Um tio distante apareceu e se apossou de todos os bens da família e ainda tomou uma das irmãs, Adéle, como sua esposa. Cristine, a mãe e as irmãs Cozette e Ernestina se mudaram para Paris. Devido a miséria, a mãe logo desencarnou. Aos 14 anos de idade, Cristine conheceu o conde Gastón de Laureac que lhe fez a corte e a tomou como sua cortesã – o que era muito comum na época.

Gastón deu a Cristine uma linda casa e muitas jóias. Viajou o mundo com ela. Era elegante e carinhoso e Cristine o amava. Na casa de Cristine viviam também o cocheiro Clemente e a cozinheira Paulette. Todos adoravam a madame e respeitavam o conde.

Edite se viu então no paraíso, cercada de pessoas boníssimas e de fartura. Se tornou o braço direito e confidente de Cristine, a quem foi sempre muito leal.

Gastón prometeu dar a Cristine tudo que ela quisesse, menos filhos, porque não era de bom tom ter filhos bastardos na França do século XVIII. Cristine engravidou duas vezes e o conde exigiu que fizesse aborto. O segundo foi muito mal feito e lhe deixou como sequelas a infertilidade, dores durante o ato sexual e uma forte enxaqueca. Cristine não conseguiu perdoar Gastón. Passado um tempo, acabou se interessando por René, um jovem muito bonito porém oportunista e viciado em ópio e jogos de cartas. Deixou Gastón, que soube respeitar a decisão da amada.

René jogava compulsivamente e perdia na mesma proporção. Era hostil e arrogante com os empregados. Um bon vivant. Para ir quitando suas dívidas de jogo, usava as jóias de Cristine que nem percebia o que estava acontecendo.

Ela parou de dançar e viciou em tabletes de ópio, que usava para amenizar as constantes dores de cabeça. Foi Edite quem descobriu as falcatruas de René e, por conselho do conde, passou a esconder as jóias de madame, para desespero do rapaz que foi se endividando cada vez mais.

E assim vai se desenrolando a história de Edite e Cristine.

As elucidações doutrinárias são apresentadas nos intervalos da narrativa de Edite na colônia. Irmão Serafim aproveita de alguns momentos para orientar a plateia sobre temas importantes, tais como: obsessão, aborto, vícios e homossexualidade.

O final do livro é surpreendente! Eu gostei muito da trama. É um romance gostoso de ler, daqueles que entramos dentro da história e a cada vez que paramos fica aquele gostinho de quero mais. São 384 páginas de pura emoção!

A Última Dança está à venda no site LivroEspirita.Net: http://livroespirita.net/produto/ultima-danca/ e é um lançamento da Editora EME. 

Trechos:

As pessoas na grande sala já estavam curiosas para ver o número de dança de Cristine, mas senti o olhar de Serafim sobre mim e seu pensamento chegou como um raio: “Talvez seja hora de conversarmos com as pessoas sobre a influência  dos obsessores nos encarnados”(…) Os vivos não fazem ideia da vastidão do umbral e de sua complexidade. Sendo franco, mesmo tendo ido lá incontáveis vezes, eu mesmo apenas suspeito. Mas uma coisa notei: almas com energias similares se atraem – mesquinhos atraem mesquinhos, homicidas atraem homicidas e, em alguns casos, pobres vítimas que eles mesmo fizeram e que se julgam cativas deles. A luxúria tem seus adeptos, assim como o materialismo. Enquanto na Terra as intenções se escondem, no mundo espiritual elas se tornam mais claras, e os iguais se juntam. ( cap XXI)

-Sempre existiram “afeminados” Nana. (…) Acha que alguém escolheria ser discriminado, muitas vezes ofendido, incompreendido? Nascem desta forma, minha querida. Não são nem melhores e nem piores que ninguém. São seres humanos, criações divinas, com seus próprios ímpetos, vontades, qualidades e defeitos como qualquer um de nós. Filhos de Deus muito amados. ( pg 197)

Não devemos carregar de culpa se há perdão. O moralismo, porém, costuma vir forradp de vícios que os próprios moralistas escondem. (pg 381)

 
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