Lançado em 2008, Falando com os Espíritos trata dos trabalhos de desobsessão e das formas mais corretas de abordagem aos espíritos que são levados às sessões em busca de auxílio fraterno.
Como recepcioná-los com eficiência? Quais os métodos mais adequados? O que fazer com espíritos revoltados ou que nada falam? Como atender os suicidas, acidentados, dirigentes trevosos ou pseudo-mentores?
Como administrar condutas inadequadas de médiuns e dirigentes?
Baseado em sua experiência pessoal – iniciada na década de 60 – o autor Américo Sucena se propôs a responder estas e outras questões sobre o tema, utilizando-se não só de teorias doutrinárias mas também compilando diálogos que presenciou, e ilustrações.
Após testes, finalmente a obra foi concretizada, por meio de experiências que, gostaria de frisar, são pessoais e não tem a intenção de ser definitiva. Apesar do trabalho ter sido desenvolvido para esclarecedores, serve também aos outros participantes do grupo, sejam médiuns falantes ou de colaboração fluídica, até porque no futuro pode ser que alguém migre de função para o esclarecimento. (Introdução)
O autor não recomenda o uso do termo doutrinador e sim “esclarecedor”, alegando (com razão) que ninguém vai conseguir doutrinar um espírito e sim esclarecer seu atual estado e dúvidas que porventura surgirem.
O livro é fininho, com apenas 94 páginas de texto e ao final apresenta algumas ilustrações. Trata-se de um guia rápido aos esclarecedores de reuniões de desobsessão. Para quem deseja se aprofundar no tema, recomendo o clássico Diálogo com as Sombras, de Hermínio C. Miranda.
Trecho:
Tratava-se de uma mulher que começou dizendo:
– Isto não é justo
– O que não é justo?
– Na época em que meus filhos, ainda pequenos, mais precisam de mim eu não estou lá para ajudá-los.( a mulher já sabia que estava desencarnada)
– E por que você não pode ajudá-los?
– Porque eu morri e meu marido pôs outra mulher para cuidar deles. (aqui o esclarecedor propôs a tela mental sem falar o termo, sugerindo aos mentores e ao espírito a possibilidade)
– Já considerou a possibilidade do que aconteceu ter sido justo?
– Como pode ser possível?
– Observe, você vai ver alguma coisa.
– Sim, estou vendo
– O que aconteceu?
– Eu estou vendo uma outra vida
– Sim…
– Eu era casada com o mesmo marido e tinha os mesmos filhos
– E então…
– Eu abandonei a família..marido e filhos..