Resumo: Exilados por Amor conta a história de espíritos que foram exilados de Capela, quando esse planeta passou de local de expiação para local de regeneração. Como já é sabido pela maioria dos espíritas, Capela atingiu um grau de elevação que não era mais compatível com seus habitantes afeitos ainda ao mal e foi necessário expurgá-los para a Terra a fim de que – com a dor – aprendessem a viver de acordo com os ensinamentos do Criador.
Ernesto e Ferdinando eram dois jovens e brilhantes cientistas capelinos, porém ambiciosos e inescrupulosos. Ernesto era o coordenador de uma equipe que vinha fazendo testes com embriões humanos, em busca da cura de todas as doenças e Ferdinando era seu homem de confiança. O que Ernesto não contava era com a traição do seu amigo. Após desencarnação, ambos ficaram atados um ao outro, perambulando por regiões trevosas. Séculos depois, iniciaram sua jornada no planeta Terra. Viveram no antigo Egito, sendo – respectivamente – o arquiteto Amenhotep e o sacerdote Rudamon. Ainda tomados pelo orgulho e pela vaidade, não tiveram êxito e Ernesto/Amenhotep desencarnou vítima de hanseníase. Ernesto despertou primeiro para as Grandes Verdades, graças ao auxílio de sua abnegada esposa Elvira, que mesmo apta a viver em Capela, renunciou a esse direito para cuidar do seu amado. Ernesto reencarnou como José de Arimatéia, tendo então a oportunidade de conhecer Jesus – o elevadíssimo governador do planeta Terra – e viver o início do Criatianismo.
A continuação desse livro se chama Jornada dos Anjos, onde Ernesto já aparece livre das encarnações terrenas e Ferdinando retorna como o Imperador Romano Constantino.
Ficha técnica:
Assunto: Romance
Páginas: 352
Formato: 14x21cm
Trecho
No trecho abaixo, temos um diálogo de José de Arimatéia e sua esposa Sara tentando demovê-lo da ideía de auxiliar Jesus. Sara era de tradicional família judaica e os judeus – que se consideravam o “povo de Deus” – acabaram crucificando o tão aguardado Messias.
O dia se arrastou para José. Procurou entregar-se aos seus afazeres, sem conseguir concentrar-se em nada. Foi até o centro comercial verificar algun sde seus negócios e seus carregamentos, mas tinha o coração pesado e a mente distante do trabalho. Pensava apenas em Jesus: em seu olhar vivo e poderoso, em sua mensagem de luz e amor, em sua presença gloriosa. Queria ajudar e, ansioso, buscava alguma idéia que lhe permitisse agir. Tomou a firme decisão de defender o Mestre perante o Sinédrio, custasse o que custasse.Ao voltar para casa, encontrou Sara pensativa. Logo que o viu, ela disse:- O que Nicodemos queria? Por que estava tão nervoso?-Negócios, Sara. Ele estava preocupado com alguns servos que lhe têm trazido problemas.- Pensei ter ouvido falarem no nome do nazareno.-Estava escutando nossa conversa?- Claro que não. Passei pela sala umas duas vezes, eu acho, e em ambas ouvi o nome de Jesus. Era sobre ele que falavam, não é verdade? Tenho percebido que simpatiza com ele, José.- Não vejo mal algum em seus ensinamentos, apenas isso.- Não ouse apoiá-lo, José. Ele é inimigo do nosso povo! Blasfema contraDeus e contra seus representantes na Terra.-Não é bem assim, Sara. Você está equivocada, como a maioria dos nossos líderes religiosos.-José, nós somos o povo escolhido, a nação eleita. Nossos líderes têm contato direto com o Deus vivo no tabernáculo, dentro do templo. Esse rebelde deve ser apedrejado! E aqueles que o seguem também!José emudeceu, assustado. Não imaginava que Sara se sentisse daquelaforma em relação a Jesus. Ela o fitou detidamente e exigiu:- Não ouse envergonhar nossa família. Afaste-se dele imediatamente e esqueça qualquer iniciativa de apoiá-lo