Sinopse: Um romance marcante e esclarecedor, que trata de um desafio enfrentado por todos nós: a obsessão e suas influências em nossas vidas. Irmã Vitória conta a vida de João, um jovem obstinado em mudar a sua história, marcada pelo preconceito, violência e pobreza. Todos nos emocionaremos com essa comovente obra, que vem contribuir para a compreensão das verdades maiores sob a luz do espiritismo: a reencarnação, a lei de ação e reação, e acima de tudo a força do amor que o espírito leva consigo ao longo de toda a sua existência.
Resumo: João é um garoto que vive com a mãe Josefa em uma favela do Rio de Janeiro. A mãe é doméstica e pouco lhe dá atenção. É na amizade com o taxista português Manuel que o pequeno engraxate encontra o verdadeiro apoio paternal. Manuel é casado com Fátima e pai de duas meninas. Comovido com a inteligência daquele menino tão pobre, o taxista resolve adotá-lo como afilhado, incentivando-o aos estudos e apoiando-o em diversos momentos difíceis de sua infância. Da convivência com a família de Manuel, surge seu primeiro amor: Glória, a filha do português. Mas o jovem casal encontra grande resistência por parte da mãe da moça. Maria de Fátima não se conforma com a possibilidade de ter um genro pobre e negro. A despeito das dificuldades, João começa a trabalhar e segue estudando. Graças ao seu esforço e inteligência, consegue passar no curso de Direito de uma universidade federal.
Desde pequeno, João dá sinais de ter mediunidade. Ao olhar para o mar, sempre sentiu uma saudade imensa de Portugal, país que jamais visitara. Costuma ter pesadelos, onde vê uma casa de pedra em uma montanha e escuta vozes acusadoras. Na empresa onde trabalha, conhece Agenor, que é espírita e que tenta convencer o amigo a frequentar as reuniões do centro espírita onde trabalha, mas João ignora os conselhos de Agenor.
Com seu trabalho, João consegue sair da favela levando Zefa para morar em uma casa alugada, mas a mãe insiste em vender o velho barraco e pede para o filho dormir lá até que a venda aconteça. Em uma noite, acontece um tiroteio entre traficantes e a polícia, levando a morte de um PM. Os traficantes colocam a culpa em João, que acaba sendo preso. Na cadeia, desesperado, João se abre para a ação de obsessores, seus desafetos do passado; ação esta encabeçada por Avelino. João chega até a tentar o suicídio. Graças ao empenho da família e de um professor advogado, a liberdade chega, mas João já está em gravíssimo processo de possessão.
Agenor e os trabalhadores do Centro Espírita fazem todo o esforço possível para que Avelino e seus comparsas deixem o rapaz e é aí que iremos conhecer a encarnação anterior de João, quando viveu em Portugal, no século XVIII, como João Custódio. João foi o único filho varão do rico comerciante Manuel e de Maria de Fátima, sendo criado cercado de mimos, se tornando um jovem frio e arrogante, que fez muita gente sofrer.
Graças a ação da Espiritualidade amiga, João consegue se recuperar, se casa com Glória, se forma, abre uma empresa de consultoria, enriquece e o casal traz ao mundo Míriam, Antônio Carlos e Marcos – três espíritos que compõe a trama da encarnação em Portugal.
Ficha técnica:
Assunto: Romance
Páginas: 360
Editora: VivaLuz
Comentário: O livro é extenso e complexo, iniciando na infância de João e terminando quando o personagem principal já encontra-se perto dos seus 40 anos de idade. Trata-se de uma linda história de lutas, sofrimentos e conquistas, que mostra a Misericórdia Divina agindo através da reencarnação e da Lei da Causa e do Efeito. O romance é repleto de ensinamentos espíritas e o leitor, certamente, se sentirá compelido a meditar sobre a necessidade da reforma íntima.
Trecho:
– Meu caro Agenor, sabemos que um obsediado é um enfermo espiritual. O espírito obsessor liga-se à mente do encarnado que o atormenta. A culpa abre brechas para a atuação do obsessor. A princípio são ideias sutis, que gradativamente vão levando ao desequilíbrio. Quando acatadas pela mente da vítima, acabam por dominar a organização cerebral, gerando estágios de vampirização em que o verdugo e a vítima se agregam em dolorosa conjugação. Verdugo e vítima são muitas vezes protagonistas de terríveis dramas do passado e encontram-se sob o imperativo da lei divina para o devido reajuste.