Sinopse: A umbanda é universalista, eclética e abrangente, como a tônica original da mensagem de Jesus contida em seu sublime Evangelho. Em Reza Forte, Ramatís une-se novamente a Pai Tomé para, desta vez, delinear uma abordagem profunda das práticas mágicas populares que escravizam os cidadãos a um sistema de trocas com o Sagrado, fazendo ambos importantes alertas de esclarecimento à luz dos ensinamentos libertadores de Jesus. Neste momento de transição planetária, em que urge a germinação definitiva do amor crístico no coração dos homens, a fim de que se possa mudar padrões de condutas equivocadas e alcançar a Terra Renovada, a umbanda vai gradativamente revendo ritos e cerimoniais distorcidos de suas genuínas raízes africanas pela atuação de sacerdotes interesseiros e venais, cumprindo assim a sua destinação espiritual traçada pelo Alto para o Terceiro Milênio.
Lançado em 2013 pela Editora do Conhecimento , Reza Forte – a Umbanda com Jesus é a mais recente obra de Ramatis enviada pela mediunidade de Norberto Peixoto. Seguindo os moldes de seus livros anteriores, cujo formato é de perguntas e respostas, Ramatis – juntamente com Pai Tomé – irá desvendar alguns mistérios da prática umbandista, analisando-os sob a ótica do Evangelho de Jesus, incentivando algumas mudanças em rituais que considera desnecessários nos dias atuais.
Os temas abordados são:
- jogos de búzios, predições e métodos advinhatórios
- pretos-velhos, caboclos, orixás, encantaria
- liturgias e cânticos
- transe de possessão
- cavalo de santo
- velas, conjuros, boris e ebós
Ficha Técnica:
Título: Reza Forte
Autores: Ramatis e Pai Tomé
Médium: Norberto Peixoto
Páginas: 144
Comentário: Bom, eu li todos os livros de Ramatis, tanto da época do médium Hercílo Maes quanto com o Norberto Peixoto. Sempre me afinizei com suas ideias. Nesta obra, o capítulo que mais gostei foi “Cavalo de Santo – o médium e sua transformação espiritual na prática da mediunidade de terreiro”. Ramatis e Pai Tomé explicam como que cada linha de espíritos – caboclos, pretos-velhos, Exu e linha do oriente – contribuem para a reforma íntima do próprio médium.
Trecho:
Ao incorporar o “seu” preto velho no terreiro, o médium vai solidificando em si o amor, a paciência, a humildade, enfim, aprende a escutar o outro (…)
Ao vivenciar a “possessão” pelo caboclo, o médium é ensinado a ter disciplina, respeito à hierarquia, a valorizar a liberdade de expressão, conhecendo seu próprio poder de realização pessoal. (..)
Nos trabalhos iniciais com exu, inevitavelmente a ganância, a vaidade, a soberba, a ira, o ciúme, os medos indizíveis, o orgulho, a inveja, o egoísmo, aspectos negativos da estrutura psicológica do médium, vão aparecer e vir à tona (…)
Dentro da diversidade vivenciada nos terreiros, muitas linhas de trabalho foram criadas e aceitas pelo Alto como um processo saudável de inclusão espiritual (..) todos irmanados em um único propósito: servir ao próximo. (pgs 88 e 89)