Este livro foi lançado pela Madras Editora em 2010 é considerado um manual de Umbanda Sagrada – vertente umbandista trazida à Terra através da mediunidade de Rubens Saraceni – e que tem por objetivo uniformizar práticas rituais e o ensino doutrinário nas tendas, bem como auxiliar na formação de uma consciência de Umbanda.
Lembrando que a Umbanda possui diversas linhas ou vertentes e que a Teologia de Umbanda Sagrada é uma delas e que o leitor acostumado com outra vertente pode estranhar os ensinamentos contidos nas obras de Pai Rubens.
Em Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada encontramos os seguintes temas:
- Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Kardecismo;
- História da Umbanda;
- Mediunidade;
- Divindades
- Irradiações;
- Gênese e Fatores;
- Gênese da Umbanda Sagrada;
- Gênese do Planeta
- Teogonia (estudo dos Orixás);
- As Sete Linhas de Umbanda;
- As cores dos Orixás;
- Orixás de frente, ancestral e adjuntó;
- Chacras;
- entre outros temas
Assim como em outras obras de Pai Rubens, a leitura deste livro não é nada fácil e nem poderia ser, afinal as revelações contidas nele são complexas e requerem estudo aprofundado. Como escrevi acima, o leitor acostumado a Umbanda Popular, por exemplo, vai ter dificuldade em assimilar as informações aqui contidas. Como exemplo, vou citar a questão das 7 Linhas de Umbanda, que neste livro são apresentadas com uma composição de 14 Orixás, que formam os pares dos Tronos Divinos:
- Oxalá e Oiá-Tempo
- Oxum e Oxumarê
- Oxossi e Obá
- Xangô e Iansã
- Ogum e Egunitá
- Obaluaê e Nanã
- Iemanjá e Omulu
Apesar da complexidade da obra, recomendo a leitura visto que a vertente de Umbanda Sagrada tem crescido bastante e a maioria dos cursos presenciais e online são baseados nas obras de Rubens Saraceni, que tem deixado um legado significativo através de seus filhos e filhas de santo.
Pai Rubens já canalizou mais de 40 livros, segundo informações obtidas na Wikipedia. É o fundador do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda e do Colégio Tradição de Magia Divina. Para saber mais sobre o autor, clique aqui.
Trechos:
Comentar sobre as cores do Orixás é o mesmo que tentar equilibrar-se e manter-se ereto na crista de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor.
Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual.
Como dar cor a uma energia?
Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las.(…) Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibratórios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias.(pg 178)
Orixá Ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que ele foi gerado por Deus e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutáveis e eternas;
Orixá de Frente é aquele que rege a atual encarnação do ser e o conduz numa direção na qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno;
Orixá Adjuntó é aquele que forma par com o Orixá de Frente, apassivando ou estimulando o ser, sempre visando seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente.(pg 181)