Lançado no ano passado pela Editora Casa dos Espíritos, em A Alma da Medicina encontramos valiosas considerações do espírito Joseph Gleber, o mesmo autor espiritual de Além da Matéria. Médico e físico nuclear, o benfeitor é integrante do grupo intitulado de Os Imortais – segundo informações colhidas em outras obras do médium Robson Pinheiro.
O livro é voltado especialmente aos profissionais de saúde e aos médiuns de cura. Joseph Gleber nos faz refletir sobre a importância de ter empatia perante a dor do outro; de buscarmos os métodos mais eficazes para curar ou amenizar as enfermidades do corpo e da alma; aborda também a atual questão de que é essencial se fornecer ao médico e aos demais profissionais boas condições de trabalho; explica que nem sempre o médico carnal ou espírito conseguirá promover a cura, pois a espiritualidade respeita o carma de cada ser humano.
Onde está a alma da medicina? Será que se deve tratar o enfermo de maneira a prolongar sua dor, esperando resultados por vias ditas mais brandas, enquanto se pode estancar imediatamente o sofrimento ou provar que o método defendido por alguém é mais eficaz, brando e menos invasivo? (…) Ante uma infecção, uma pneumonia, o que é mais adequado? Usar o antibiótico, que poderá amenizar, curar e erradicar o problema com maior rapidez, ou recusá-lo e lançar mão apenas da homeopatia, da fitoterapia e de medicamentos energéticos, enquanto se prolonga o sofrimento e se agravam os sintomas? (pg 44)
Frequentemente, as condições de trabalho são desrespeitosas e mesmo ultrajantes; em muitos lugares, assistimos ainda á desconsideração com a pessoa do médico, do enfermeiro e dos demais profissionais da área. Não devemos perder de vista que se está diante de pessoas que são, apenas, humanas. (pg 50)
Geralmente as doenças que estão formatadas, programadas no código genético do indivíduo tem causa anterior à vida atual, ao presente estágio físico. (pg 59)
Em sua opinião, o médico é um sacerdote da ciência, que exerce papel de orientador, estimulador dos processos de manutenção e preservação da saúde humana; Joseph Gleber incentiva a busca de uma medicina mais humanizada, onde o enfermo seja visto como um ser também espiritual. Considera os avanços tecnológicos da área, porém aponta um engessamento da afetividade dos profissionais.
Parece mesmo que, à medida que aumentaram os recursos tecnológicos, diminuíram sensivalmente as habilidades clínicas de observação. (…) Nunca se empregou tanta tecnologia no trabalho da saúde como nos dias atuais. No entanto, a pressa de atender para satisfazer a necessidade ou as exigências do sistema, o pouco de tempo dedicado a cada consulente, a falta de atenção á sensibilidade da pessoa que procura o tratamento, entre outros fatores, muitas vezes contribuem para que o profissional de saúde acerte cada vez menos. (pg 76)
Elucida também a questão cármica dos profissionais de saúde , informando que são seres que no passado assumiram dívidas imensas com o ser humano, perante as leis Divinas, ceifando vidas, desrespeitando-as e, em muitos casos, atentaram contra a própria vida. (Fiquei pensando no que eu devo ter aprontado, para renascer como médica e médium rs)
Passando já para a questão da mediunidade, encontramos elucidações sobre o magnetismo e o uso do ectoplasma nos processos de cura e tratamento. No capítulo 19, Joseph Gleber fala sobre sexualidade e mediunidade, revelando que os médiuns ectoplastas (doadores de ectoplasma) possuem uma maior necessidade de sexo. (esta parte vai mexer com muita gente)
É muito comum que tenha a sexualidade mais exacerbada e os desejos sexuais relativamente mais pujantes que a maioria das pessoas. Isso não é sintoma de desequilíbrio do médium. Sexualidade ativa é diferente de desequilíbrio e promiscuidade. Somente pessoas sem preparo ou estudo, afeitas a conceitos estanques, são incapazes de distinguir uma coisa da outra. (…) Privar-se de sexo não eleva ninguém. (…) O ideal é que o médium doador de ectoplasma, de fluídos magnéticos, de forma geral, tenha atividade sexual regular, desse modo evitando que seja vampirizado, em desobramento tanto quanto em vigília, por entidades de oposição interessadas naquele potencial. (pgs 268 e 289)
Ficha Técnica:
Gênero: Saúde e mediunidade
Ano de lançamento: 2014
Edição atual: 2 | 10 mil exemplares
Páginas: 416
Acabamento: brochura
Comentário:
O livro é longo, com 416 páginas, porém a fonte é grande e confortável. Os capítulos são instigantes e alguns trazem revelações que pelo menos para mim eram desconhecidas. Realmente a medicina de hoje está muito mais tecnológica e menos humanitária. Também é fato de que nós profissionais de saúde necessitamos de melhores condições de trabalho. Vale salientar a questão de que nem todas as doenças podem ou devam ser curadas, visto que existe a questão cármica, o merecimento de cada um e o fato que de que algumas enfermidades acontecem justamente para impedir maiores quedas.
Vejo o espírito Joseph Gleber como um pai amoroso; tem grande autoridade moral sem ser autoritário. Sinto em suas palavras o imenso amor que tem pela humanidade e o desejo sincero de ajudar. Sua linguagem é coerente, demonstrando uma ótima capacidade de comunicação de suas ideias. Tenho grande admiração por este Imortal.
E este livro faz bem para a alma e está super indicado a profissionais de saúde, especialmente os que se sentem cansados e exauridos de tão árdua missão.
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